A EAP (Estrutura Analítica de Projetos) determinada para o orçamento e planejamento executivos da obra é a matriz da análise de dados, na medida em que sobre ela foi previsto o custo de produção mensal e também são apropriados os custos incorridos periodicamente (regime de competência).
Portanto, a estrutura de acompanhamento do custo de uma obra deve considerar:
a) a demanda do gestor: estabelece-se quais dados serão analisados e suas prioridades, pois são relevantes não apenas os custos das etapas construtivas, mas também - no caso de condomínios - os custos por área comum e área privativa, por tipo de unidade autônoma e por outros indicadores que venham servir de comparação com demais projetos. No caso de loteamentos, o foco se dá nas etapas de infraestrutura, e também no fechamento perimetral e nas edificações comunitárias (no caso de loteamentos fechados), porém sempre rateando tais valores ponderadamente nos lotes, a fim de obter seu custo unitário.
b) a matriz de medição: considera-se a forma como serão levantadas as tarefas executadas na obra. Não se pode impor ao planejamento e ao controle um padrão de EAP utilizado para orçamentos comerciais se a contratação de empreiteiros, as medições com o cliente e outros tantos fatores possuem um formato singular de estrutura de tarefas, porquanto assim deve se pautar o orçamento executivo. Um típico exemplo são as obras horizontais, onde a métrica utilizada é a própria unidade habitacional.
c) a metodologia executiva: respeitam-se os métodos de execução estabelecidos no plano de ataque da obra, sejam de ordem cronológica, de ordem estratégica ou de ordem técnica. Por exemplo, a fundação de um condomínio vertical pode ser segmentada por cada torre a ser erguida e pela periferia, assim como as demais etapas construtivas das torres podem ser seccionadas por pavimentos.
Os níveis de gerenciamento dos custos da obra são tantos quantos aqueles utilizados no processo de orçamentação, o que não significa serem todos analisados ao mesmo tempo. Deve-se seguir a ordem hierárquica da task-tree, descendo aos níveis inferiores conforme a relevância de cada fase ou etapa da EAP.
E assim sucessivamente, chegando ao plano de contas das composições - ordenada por etapas construtivas - e, finalmente, ao plano de recursos (insumos), cuja planificação normalmente é estruturada por grupos de custo (materiais, mão de obra, equipamentos, serviços, ...) e suas segmentações.
Independentemente do uso ou não das informações do custo incorrido em todos os níveis existentes durante o acompanhamento periódico da obra, é imperativo que a corporação tenha tais dados em seu ERP, mormente para utiliza-los no encerramento da obra com o propósito medir o desempenho do orçamento, da cadeia de suprimentos e da própria apropriação, além de fornecer elementos para a AVA (Análise de Valor Agregado) e para uma análise crítica do balanço contábil daquele centro de custo ou SPE.
Na quarta e última parte deste artigo a ser publicado em breve, veremos um estudo de caso onde estarão apresentados alguns templates de análise gerencial dos custos de obra.
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b) a matriz de medição: considera-se a forma como serão levantadas as tarefas executadas na obra. Não se pode impor ao planejamento e ao controle um padrão de EAP utilizado para orçamentos comerciais se a contratação de empreiteiros, as medições com o cliente e outros tantos fatores possuem um formato singular de estrutura de tarefas, porquanto assim deve se pautar o orçamento executivo. Um típico exemplo são as obras horizontais, onde a métrica utilizada é a própria unidade habitacional.
c) a metodologia executiva: respeitam-se os métodos de execução estabelecidos no plano de ataque da obra, sejam de ordem cronológica, de ordem estratégica ou de ordem técnica. Por exemplo, a fundação de um condomínio vertical pode ser segmentada por cada torre a ser erguida e pela periferia, assim como as demais etapas construtivas das torres podem ser seccionadas por pavimentos.
Obs.: há que se ressaltar a necessidade de preservação da estrutura original de etapas construtivas no plano de contas das composições, pois de lá sempre poderão ser extraídas as informações tradicionais e primordiais da análise orçamentária, como, por exemplo, a área e o custo totais do revestimento das unidades habitacionais, ainda que a EAP não trate na mesma métrica.
E assim sucessivamente, chegando ao plano de contas das composições - ordenada por etapas construtivas - e, finalmente, ao plano de recursos (insumos), cuja planificação normalmente é estruturada por grupos de custo (materiais, mão de obra, equipamentos, serviços, ...) e suas segmentações.
Independentemente do uso ou não das informações do custo incorrido em todos os níveis existentes durante o acompanhamento periódico da obra, é imperativo que a corporação tenha tais dados em seu ERP, mormente para utiliza-los no encerramento da obra com o propósito medir o desempenho do orçamento, da cadeia de suprimentos e da própria apropriação, além de fornecer elementos para a AVA (Análise de Valor Agregado) e para uma análise crítica do balanço contábil daquele centro de custo ou SPE.
Na quarta e última parte deste artigo a ser publicado em breve, veremos um estudo de caso onde estarão apresentados alguns templates de análise gerencial dos custos de obra.
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