Com a tecnologia cada vez mais difundida e ao
alcance de todos, sobretudo as planilhas eletrônicas com sua enorme gama de
recursos, muitos profissionais de engenharia e arquitetura vêm desenvolvendo
verdadeiros aplicativos de compilação e análise de dados para auxiliar na gestão
de seus projetos e obras, buscando certa independência das áreas de T.I. das
corporações, atribuladas por origem.
Esse movimento autônomo é fundamental em todos os
sentidos, pois impõe aos profissionais se atualizarem, viabiliza e automatiza
as análises críticas, proporciona respostas rápidas à alta gestão e aperfeiçoa
a análise de tendências para correção de distorções do plano traçado.
As planilhas customizadas com dashboards (painéis), sejam elas criadas, adquiridas de empresas de
tecnologia, ou mesmo obtidas na web, são excelentes e possibilitam boa
visibilidade às informações trabalhadas em gráficos de fácil entendimento, auxiliando
e até substituindo a interpretação dos extensos e cansativos – mas
imprescindíveis – relatórios analíticos de dados.
No entanto, qual a origem dos dados que
alimentam esses painéis indicativos? Realizei uma pesquisa com várias empresas
– clientes e não clientes – e deparei-me com o seguinte cenário:
Nota-se que a maioria dos dados utilizados nas
análises críticas advém de levantamentos realizados nas frentes de trabalho, tanto
nas operações de escritório quanto naquelas realizadas nos canteiros de obras,
mas cujas informações não são direcionadas às bases de dados dos softwares de
gestão, ou ainda a alguma base criada especificamente para tal finalidade. Apenas
pequena parcela de informações é proveniente dos softwares de gestão, extraída
dos sistemas pelos próprios usuários através dos meios de exportação comuns à
maioria deles.
Em síntese, vê-se uma infinidade de dados
transitando nas diversas instâncias da corporação sem estarem devidamente
arquivados de forma estruturada, indexada e disponível para consulta de todos
os usuários envolvidos, visando, mormente, facilitar o acesso à realização de novas
análises.
Muitos dados coletados estão dispersos nas diversas
estações de trabalho das corporações ou ainda em pastas individuais dos
usuários alocadas nos servidores, muitas vezes nomeadas de forma indecifrável e
sem qualquer relacionamento com outras do mesmo tema.
Portanto, a criação de um data warehouse (depósito de dados digitais organizados) se torna
necessária e eficaz na organização das informações das empresas, auxiliando,
inclusive, na montagem do acervo histórico de desempenho de seus projetos e
obras.
Não se trata especificamente de um sistema de
gestão, e sim de uma ou várias bases de dados relacionais estruturadas para
atender a consultas diversas dos usuários sem que estes dependam de
profissionais de tecnologia para tal, embora recomenda-se que sua criação seja
realizada por um analista de BD.
Com efeito, os dashboards
devem estar vinculados às bases de dados da corporação para extração das informações
a serem compiladas, ao contrário de serem alimentados individualmente pelos
usuários apenas para atender a uma determinada análise.
Nenhum comentário:
Postar um comentário